Esse post eu retirei do meu Blog Bananeira porque ele é meu preferido!
Segue:
Existe uma “falha” no funcionamento dos mercados chamada pelos economistas de “Seleção Adversa”.
Conforme muito bem explicado pela wikipedia, Seleção adversa é um fenômeno de informação assimétrica que ocorre quando os compradores “selecionam” de maneira incorreta determinados bens e serviços no mercado. Em outras palavras, é quando um mecanismo de seleção seleciona sempre os piores.
Um exemplo prático do problema de seleção adversa é o caso de um programa de demissão voluntária numa empresa. O que acontece é que aqueles que se demitem são justamente os que tem maior probabilidade de encontrar algo mais interessante no mercado, ou seja, os melhores, de modo que você (a empresa) acaba ficando com os piores.
Há também o clássico exemplo do mercado de carros usados, mas seria economês demais tentar explicar aqui, e vocês já entenderam o conceito. O que quero fazer é mostrar o problema de seleção advsersa sob a ótica dos relacionamentos.
O que acontece no mercado “amoroso” é uma espécie de seleção adversa. Veja bem, a informação é assimétrica. O cara está lá (pode ser a menina também, mas vamos focar em sacanear os meninos, por enquanto), tentando escolher alguém que preste (ou não, mas vou deixar esse segundo caso de lado para poder provar o meu ponto), mas não tem informação nenhuma.
A única informação que você tem sobre aquela pessoa (fora orkut, twitter, facebook, etc…stop being a stalker!!!) é o comportamento dela em relação à você. O cara pensa: Quero alguém com auto-estima elevada, um emocional saudavel. Uma menina tranquila, descolada, nao-neutórica, não grudenta, e claro, carinhosa. No fundo, um pouco mais difícil que o normal, pra representar um desafio. Mas essa parte ninguém verbaliza…
Então ele começa a sair com duas pessoas diferentes. Uma está tranquila, calma, feliz, descolada, na dela, segura de si, bla bla bla. A outra fica um pouco nervosa, paga uns micos, faz muita questão de agradar, dá muito rápido, liga antes dele ligar, sei lá . Está feito o carreto, é pela primeira que você vai se interessar, e aí é que começa o problema.
Em primeiro lugar, os motivos pelos quais a primeira se comportou de tal forma com você não tem necessariamente a ver com o fato dela ser uma mulher poderosa, segura e interessante. Na verdade, tem a ver com um fato muito simples. O fato de que ela não está muito afim de você. E a outra, coitada, está.
Bom, então você escolheu a primeira, e começa a ficar afim, e fica um pouco nervoso, paga uns micos, liga demais, dá presente, sei lá. E voilá, ela se interessa pelo outro (mulher moderna, tava pegando dois), afinal, você é um inseguro chato.
E assim todo mundo seleciona a pessoa errada, a pessoa que não está muito afim de você. Pronto. Está explicado, sob o ponto de vista da economia, o fenômeno que inspirou a musica “quadrilha”, que transcrevo abaixo:
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém (porque sempre tem um babaca que não ama ninguém)
…..
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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